domingo, 5 de fevereiro de 2017

Dica da Fisioterapeuta Bibiana Villalobos: DOR DO CRESCIMENTO

A dor do crescimento acomete cerca de 20% das crianças com idades entre 2 e 12 anos de idade. Apesar do nome, sabe-se que a dor nada tem a ver com o crescimento em si.

A causa ainda é indefinida, porém alguns estudos relacionam distúrbios emocionais como uma das possíveis causas, no entanto, ainda não existem pesquisas suficientes para estabelecer com segurança essa relação. Outra hipótese, associa o aparecimento da dor com o uso excessivo da musculatura a...o longo do dia. Segundo esta teoria, as dores do crescimento podem ser apenas dores musculares que surgem como reflexo da excessiva e frequente demanda muscular nas crianças. Normalmente, as dores do crescimento não costumam aparecer durante os exercícios, mas são mais comuns depois que a criança tem um dia cheio de atividades físicas.
A criança geralmente reclama de dor intermitente na musculatura das pernas (coxas, panturrilhas e região atrás dos joelhos), quase sempre bilateral que concentra-se nos músculos, não nas articulações e ocorre mais ao final da tarde e noite. A dor pode acordar a criança e não está diretamente relacionada à atividade física.
Neste diagnóstico NÃO há sinais de inflamação, inchaço, repercussão em outros órgãos nem alterações detectáveis no exame físico, em exames radiológicos ou de laboratório. Ou seja, a criança realmente sofre, mas ela não apresenta nenhuma doença física real que possa ser diagnosticada. É importante salientar, que a dor do crescimento é um diagnóstico de exclusão, que só deve ser estabelecido após a certificação pelo médico de que as dores não têm origem em problemas mais graves de saúde.
Embora seja um quadro desagradável, as dores do crescimento não trazem prejuízos no desenvolvimento da criança e costumam desaparecer espontaneamente após um ou dois anos.
O excesso de exercícios pode atrapalhar, mas a interrupção total de atividades é totalmente desaconselhado, levando em conta todos os benefícios das atividades físicas . O ideal é que a criança mantenha-se ativa, porém sem exageros. Uma opção para aliviar os sintomas, é estabelecer um programa de exercícios abrangendo alongamentos, massagens e relaxamentos junto a um fisioterapeuta para aliviar os sintomas.

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